sábado, janeiro 15, 2005

Para fins enriquecidos, esqueço da pobreza intermitente

Passo alguns minutos a pensar se ao post de hoje caberia um diálogo ou uma prosa. Sigo acostumado com a idéia de prosear ou dialogar de acordo com a inspiração que me brota, mas hoje fiquei pensando muito sobre isto e como que exporia minhas emoções de uma forma corrente, sem uso de personagens. Porque conheci alguém interessante. E parece-me interessar os diálogos que temos, mas expressar é um dom inapto em certas circunstâncias e, de que vale a poesia, quando estamos simplesmente afogados em sentimentos bons? Quase não tenho o que escrever. Sentir é tão bom que nos priva de qualquer exatidão descritiva, ou seja, nem me passa pela cabeça narrar os maravilhosos minutos que tenho.

Hoje fui ver o mar. E pensei nas várias histórias engraçadas que nos poderiam ocorrer se juntos decidíssemos viajar pela costa litorânea. E quanto céu e oceano nos fariam parte? E é porque não consigo dividir a atenção sincera em duas partes que escrevo isto. Por estar embriagdo de sensações que me roubam o verso. O oceano parecia tão triste, borrando algumas ondas nos leitos das embarcações, explodindo a farsa marítma nas bordas dos navios que se aproximavam da margem do continente. Quedei-me avulso ao erro. Lembrei-me de ti e quão rico poderia estar num momento tão simplório.
É que o que tinha a dizer já não está ao alcance dos meus braços. A palavra que morreu, esqueceu de deixar pistas a quem escreve. E só resta a sensação de ter dito o que talvez pudesse ser. E o que nunca foi...só se perdeu.